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O Amor é Como Estacionar...

Posted by Alice on 16:12 in

Este episódio algo profundo da natureza humana começa na estação de Sete Rios, esse local tão profícuo em pessoas, no mínimo especiais. Ora estava eu sentada no banquinho da estação tentando ignorar o senhor de fato que cantava o "Thriller" em altos berros (mas bem melhor que o Sr. Michael) e o casal de ciganos já entradotes que discutia sobre quem é que tinha de aturar a mãe de um deles, quando reparo em dois espécimes de Homos pittensis. As indivíduas desta espécie, de nome comum Pitas, são facilmente reconhecidas pelo seu vestuário igual e pelo histerismo que desenvolvem quando estão em grupo ou num concerto de Tokyo Hotel. Pelo que eu percebi, porque eu também não sou mulher de andar a ouvir as conversas dos outros, a Pita 1, vamos-lhe chamar assim, tinha acabado com o namorado, e a Pita 2 estava a consolá-la. Eu estava a ouvir os normais "Ele não te merece" e "Os Homens são todos assim" e ainda "A outra gaja é uma porca!" quando de repente a Pita 2 amanda-me (e reparem na beleza do verbo) com esta maravilha: "Sabes o Amor é como estacionar...". Pausa enquanto tanto eu como a amiga olhamos atentamente para ela à espera do que vinha a seguir. Sim porque aqui eu já tinha ignorado as regras da boa etiqueta e já estava a ouvir à descarada. "Sim, o amor é como estacionar, quando pensas que encontraste um lugar, vês que é uma garagem."
A mim apeteceu-me bater palmas mas a Pita 1 continuou a chorar...
Senhoras e senhores claramente que esta menina sabe da vida! E apanhou-me desprevenida com tanta sabedoria saloia a sair daquela boca! Toma lá que é para aprenderes a não subestimar as pitas!
E aqui deixo umas perguntas para a Pita 2 na esperança que ela algum dia louve o meu blog com a sua graciosa presença:
Essa teoria aplica-se também aos estacionamentos pagos? Ou na tua metáfora isso são meninas da vida?
Já pensaste fazer uma adaptação para os meios mais rurais onde o estacionamento não é um problema? Talvez qualquer coisa com carroças... isto sou eu a mandar pró ar (novamente a beleza do verbo)

Resta-me agradecer à Pita 2 por ter abrilhantado o meu dia e o Natureza Humana!

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Sexy Mamma!

Posted by Alice on 22:48 in

Toda a gente que lê a Visão sabe que existe uma determinada parte da revista que é possuida pelas jornalistas da Lux (devem ser só mulheres naquele sítio porque suponho que os homens não conseguem escrevr aquelas baboseiras de maneira tão formidável). Nessa secção são-nos apresentadas frases que brotaram da boca de alguns famosos e outros que nem tanto. Eu gosto muito dessa secção, existem ali verdadeiras pérolas da natureza humana. Uma particularmente merece um destaque! A senhora Diana Krall que até tem muito jeito para tocar piano e falar francês, (não sei se fala francês mas é uma pena se não falar) disse, e passo a citar: "É muito sexy andar pela casa em roupa interior com bombas de amamentação no peito!" E tenho dito!
Ora bem, por onde começar.... Diana querida, admiro a maneira como lutas contra a depressão pós-parto, é realmente louvável o teu esforço, mas não enchas a cabeça das senhoras grávidas com essas tretas tá bem? Certamente que fazes isso com os estores fechados, ás 2 da manhã, quando o pai do rebento está a dormir! Porque se o teu senhor olha para as tuas glândulas mamárias com as bombas, Diana garanto-te, há coisas de que um casamento não recupera. Essa é uma delas!
Espero também que isso seja uma grande manobra publicitária para a La Perla ou Agent Provocateur ou qualquer dessas marcas que fabricam coisas de renda para tapar os mamilos que custam um balúrdio. Aí sim, consigo ver uma razão. Aposto que vais criar o slogan "Lingerie X, tão sexy que até com bombas de amamentação o seu marido a vai querer levar para a cama". Neste caso tou contigo Diana! Força aí hein?

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É só 10 erios!!

Posted by Alice on 15:41 in

No outro dia fui à feira. Sim eu gosto de ir às feiras. Há qualquer coisa ali no meio das galinhas vivas e senhores a vender camisolas da Laposte que me deixa com aquela sensação de calorzinho no estômago. Ou então é do cheiro que vem da barraca das febras. Das duas três! Acompanhava o meu pai naquele deambular sem destino ao mesmo tempo que ouvia o último sucesso do Dino Meira vindo da tenda das cassetes, (na feira não há cds! Só cassetes e dvd’s pirateados!) quando me deparei com uma tenda só de carteiras. Como qualquer gaja que se preze (atenção gaja não é um termo perjurativo, é calão! Porque eu até aprecio bastante ser uma gaja) arrastei o meu pai até lá para dar uma vista de olhos. O “senhor da tenda” veio imediatamente ter comigo e dizer “Gosta dessa menina? Fica-lhe muito bem!”. Palavras não eram ditas e oiço logo a “senhora da tenda” a berrar com a gentileza de um mamute: “Oh Armando sai daí! Já te disse para não abrires a boca!”. O Sr. Armando bazou, como dizem os catraios, e eu mantive a minha boca fechada não fosse a “senhora da tenda” virar-se a mim a seguir. Mas ela virou-se a mim na mesma e de uma forma bem catita disse: “É essa preta que quer? Essa é bonita mas tenho ali uma melhor”. Nova transformação de mulher gentil para mamute embrutecido: “Oh Armando vai ali tirar aquela carteira. Mexe-te! Vê lá se fazes alguma coisa de útil em vez de coçar o rabo!”. A “senhora da tenda” vira-se novamente pra mim após transformação em senhora gentil e diz-me “Estes homens! Se a gente não os mantêm em rédea curta já me andava aí a cheirar o rabo das outras feirantes não é verdade menina?”

Deste sucinto diálogo (houve mais palermice pelo meio mas o meu QI tem um limite) tiro três conclusões:

Sim isto de mantê-lo com “rédea curta” há-de resultar muito bem. Que homem é que não prefere conviver com uma mamute furiosa ao invés de cheirar o rabo das outras feirantes que por acaso devia ser agradável porque ali tudo cheirava a febras.

Segundo, é agradável ver que ainda me tratam por menina apesar de assumirem que eu tenho conhecimento suficiente da vida para saber que se deve manter um homem com rédea curta.

E por último, o que é que interessa a felicidade conjugal do Sr. Armando se a “senhora da tenda” acabou por me vender a mala a 10 euros??


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Onde é Outras Direcções oh faxahvor?

Posted by Alice on 15:38 in

Toda a gente que tem um veiculo motorizado ou automóvel e que já tenha ido dar umas voltitas, (eu sei o petroleo tá caro, mas sobra sempre algum pra voltinha dos tristes ao Domingo), já se deparou com a bela placa “Outras Direcções”.

En não sei quanto a vocês mas para mim existem dois tipos de pessoas que gostam destas plaquinhas:

O primeiro tipo são aquelas pessoas que dedicam parte da sua vida, ou quiçá a vida toda, a coisas absolutamente inúteis, tipo coleccionar menús de restaurantes, vender móveis com pormenores dourados, fazer roupa para caniches e chiuauas e coisas assim. Estas pessoas acham graça à placa e conseguem inumerar várias utilidades para as ditas cujas.

Os sonhadores em geral amam esta placa. Todos os dias podem seguir “outras direcções”, novos caminhos, novas ruas de sentido único, novos becos sem lugar pra estacionar, novas ruas de calçada portuguesa em que faltam metade dos paralelos, enfim! Uma panóplia de novas possibilidades todos os dias

Os optimistas em geral também adoram esta placa. Principalmente se aliam o optimismo à falta de orientação. “Como estamos perdidos?? Não estamos nada! Tás a ver ali aquela placa a dizer “Outras direcções”? Então havemos de lá ir dar de certeza! Por ali é que é caminho!”

O resto das pessoas em geral (em que eu me incluo) acha só que estas plaquinhas são uma palermice pegada!

A figura mostra o upgrade da palermice pegada, a total estupidez, que é a plaquinha “todas as direcções”. E atenção em francês e tudo! Só para não pensarem que os tugas é que são detentores de toda a estupidez!


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Viva a Linguagem Old School!

Posted by Alice on 15:36 in

Ando seriamente preocupada com o novo acordo ortográfico e com as novas palavra que brotam das bocas de crianças inocentes ou não tão inocentes assim. E faço já aqui uma promessa publicamente que se algum dia num futuro longínquo a minha filha/filho (vê-se pela forma da barriga, não sabiam? Eu também não…) me disser: “Cota, vou girar co ppl, tasse? Fica na pura!” eu corto os pulsinhos.

Para além disso a nova geração está a perder o hábito de proferir expressões de uma pureza que desarmam qualquer um. Não vejo um puto a dizer, enquanto tenta enrolar o seu primeiro charro, “C’o a breca que isto é difícil”, ou um mafarrico de 18 anos a dizer que “aquela cachopa é bem catita!”, ou até mesmo uma moça, quando é roubada de esticão a dizer “Ai seu pilantra se t’apanho!”. Acho mesmo que a linguagem é a base de partida para um mundo melhor e é na linguagem old school que está a solução para os males do mundo. Sinceramente não imagino um assalto a decorrer nestes termos:

” - Catraio passa para cá o dinheirinho!”

” - Ah seu gandulo, hás-de ver! O meu irmão conhece-te e vai-te dar uma surra”

” - Olha já a formiga tem catarro, vá põe-te na alheta antes que eu me aborreça”

Concordam que isto sempre era uma agradável opção ao habitual

“- Chavalo orienta aí uns trocos”

“- Tas lixado sócio, o meu bro conhece a tua fuça e vai estrilhar à grande contigo!”

” Ya, Ya, baza daqui puto antes que eu me passe!”

Ai que saudades da linguagem old school.

Nota da autora: O último diálogo foi recriado de forma mais, digamos, suave, de modo a não chocar os leitores mais sensíveis. A realidade é bem mais dura, lamento!


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Soutien Ecológico

Posted by Alice on 15:34 in

Este link http://diario.iol.pt/ambiente/biquini-ambiente-ecologico-soutien-verde/952010-4070.html merece espaço de post no meu blog. E porquê perguntam-me vocês… porque claramente, os senhores que publicitaram esta maravilha tecnológica percebem menos que nada da natureza humana. Anunciar aos quatro ventos que o dito artigo de lingerie feminina tem painel solar e é ecológico não é o caminho a seguir se quiserem vender o já supracitado porta-seios a alguém, seja mulher ou homem.

Às mulheres a única coisa que interessa é que os reservatórios de líquidos irão actuar como que o maravilhoso wonderbra (invenção assaz genial também) dando um maior realce ao seu decote. Lamento senhores publicitários mas têm de conhecer melhor o mundo feminino. Ah, e se acrescentarem uma etiqueta da La Perla também ajuda…Não levem a mal, é só um conselho.

No entanto, parece-me que os maiores compradores deste artigo serão os homens. Porque assim que os homens souberem que existe uma maneira de a mulher, nos dias de hoje, armazenar cerveja nas mamas, ao mesmo tempo que carrega um telemóvel, garanto que muitas esposas portuguesas receberão uma prendinha íntima e pessoal do seu querido esposo.

Vão por mim senhores publicitários, vão por mim!


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Profissão: Assoador de Nariz

Posted by Alice on 15:29 in

Esta história começa comigo a dedicar-me ao nobre acto de fazer uma mise (não sabem o que é uma mise não é? Eu também não o que não me impede de as continuar a fazer). Ora, todas as frequentadoras de cabeleireiros, e digo frequentadorAS porque os homens vão ao Sr. João da esquina e cortam o cabelo em 10 minutos e para perceber a dinâmica de um cabeleireiro há um tempo de permanência mínimo de meia hora, sabem que, existem sempre duas opções enquanto esperamos. Ou ficamos a ouvir a D. Céu e a D. Antonieta a falar da filha da Isabel, aquela desavergonhada que ficou grávida daquele rapaz que de certeza que anda metido nas drogas porque a mim ele não me engana, ou, então, lemos exactamente as mesmas conversas nas revistas cor de rosa. Face a este dilema eu escolhi as revistas cor de rosa dado que eu até conhecia a filha da Isabel e até era boa pessoa e o rapaz certamente não andava nas drogas mas tinha um piercing e na aldeia isso é considerado como sinal de devoção ao diabo. Resumindo, peguei na Lux/Nova Gente/Caras/Maria/qualquer outra que me tenha esquecido de publicitar e os meus olhos recaem sobre o seguinte artigo: a actriz Renée Zellweger, para quem não sabe, desempenhou o papel principal em alguns clássicos imortais cinematográficos como Diário de Bridget Jone, esta senhora, contratou uma assistente para lhe assoar o nariz! Ao que eu pensei, o que estes paparazzi inventam. Mas não! Era verdade até porque a senhora sentiu a necessidade de se justificar pelo que referiu que tinha uma necessidade imperiosa de um assistente para isto porque tem muitas alergias.

Eu aqui vejo muitas questões a vir ao de cima e vocês?

Por exemplo, porque não comprar um pacote de lenços de papel, ou lenços de seda bordados, não sei o que ela prefere e promover o assistente que lhe limpa o rabo? Pensaram bem, ela está a combater o desemprego!

Segundo, eu pessoalmente teria dificuldade em saber quanto pagar a essa pessoa. Nunca vi uma conversa do tipo: “Quanto é que pagas ao teu assoador de nariz? Epá depende do mês, na Primavera por causa das alergias leva um aumentozinho”

Por último será que esse assistente recebe, décimo terceiro mês, seguro de acidentes no trabalho e subsídio de férias? Claro que não! Pensem, quem é que queria ir de férias quando no passaporte diz: Profissão - Assoador de Narizes! Eu não queria de certeza…


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A Senhora dos Gatos

Posted by Alice on 15:26 in

Toda a gente conhece a personagem “Senhora dos Gatos”. Esta senhora habitualmente apresenta-se como “Maria Arminda”, “Maria da Assunção” ou qualquer outro nome que faria a minha trisavó inchar de orgulho. Imaginamos esta senhora sozinha, com o marido morto de uma doença coronária qualquer, um filho morto no ultramar e outro, se existir, casado com alguém que não deseja ser a nora da “Senhora dos Gatos”. Sempre imaginei este tipo de senhoras muito sós e desamparadas pelo que a mim me parecia normalíssimo que adoptassem gatos como seus filhos. Porque não cães ou periquitos perguntam vocês? Provavelmente porque um cão teria energia demais para a pobre senhora e os periquitos…quer dizer..ninguém sabe o que lhes vai na cabeça não é? Não posso dizer “Ai depois, calcule, o periquito olhou para mim com a aquela cara como quem diz…”. Acho que tamanho disparate jamais brotou de alguma boca. Resumindo os gatos são o animal perfeito para isso. Como não são muito expressivos toda a gente pode usar a frase “Olhou para mim com aquela cara de como quem diz…”. Não me interpretem mal, eu adoro gatos e muito provavelmente esta frase já pronunciada pela minha pessoa. Concluindo esta era a minha ideia da “Senhora dos Gatos”.

E eis que uma senhora que por acaso é minha vizinha, veio deitar as minhas ilusões e esperanças por terra (o que é bastante desagradável da parte dela). Eis que no outro dia encontro a dita senhora, que por acaso se chama D. Arminda, a dar comida a uma gata meio vadia meio “ela é cá da rua” ao pé do meu prédio. Eu sendo uma rapariga de aldeia ainda não me desabituei completamente desse hábito horrível de dizer bons dias ás pessoas (detestável eu sei). Foi tudo o que a senhora precisou para me perguntar imediatamente se eu poderia alimentar a gata na semana que vinha. Ora a “semana que vinha” tinha um feriado bastante importante do qual não me consigo lembrar e por esse facto tive de dizer à senhora que não, que não poderia alimentar a gata. A senhora obviamente começou num pranto que incluíam as palavras “morrer”, “fome” e “abandonada”. Eu tentei sossegar a senhora dizendo que haviam pelo menos 5 pessoas diferentes que deitavam comida àquela gata (o que se pode atestar pelo facto de a gata rebolar e não andar). Mas a senhora disse que a comida dela é que era a comida boa porque os 6 gatos dela estavam lindamente. Até aqui eu ainda a tinha em conta como uma vulgar “Senhora dos Gatos”. E então ela supreende-me dizendo “Eu não queria ir pra fora prá semana o meu homem é que me convenceu!” Oláá… ela tem marido? Algo não está bem… e quando eu ainda estava meia zonza com aquela estocada ela atira com o golpe final. “É só porque a minha filha vai ser operada a uma perna e o meu homem quer ir lá para a ajudar que ela não pode andar nem fazer nada… Mas custa deixar a bichana aqui sozinha…”

Isto senhoras e senhores mostra duas coisas. Primeiro, que as “Senhoras dos Gatos” podem ser bastante enganadoras, as pelintras. Segundo, não sei se me hei-de admirar com o amor desta senhora pelos animais em geral e os gatos em particular, ou ter pena da filha deve ter tido uma infância bastante triste a viver presa com uma trela no fundo do quintal enquanto o gato ia à escola.



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Do Homo sapiens ao Macaco

Posted by Alice on 15:23 in

...ou do Homo sapiens até ao macaco consoante mais gostarem do vosso irmão ou do Chico, um dos chimpazés mais velhos do Zoo.

Talvez por ser uma rapariga simpática,(a minha avó acha-me simpática mas não me parece que ela seja muito imparcial), a natureza humana como que choca com a minha pessoa tal qual crash test dummie com uma parede de betão. E já há bastante tempo que aceito estes choques como parte da vida e tento aprender com eles. Até que um dia (este dia) pensei… porque hei-de privar outras pessoas menos atritas a choques deste precioso processo de aprendizagem? Terei aspirações de Deusa ao guardar o conhecimento todo para a minha pessoa? Não receei mais gente do mundo! Natureza Humana veio para ficar!


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É humano mudar...

Posted by Alice on 14:44 in
É como diz o título e tem muita razão sim senhora... Os humanos mudam e por isso o meu blog estava condenado...a mudar! Aqui está ele de cara lavada, com os melhores cosméticos da actualidade para um makeover total!
Dito isto vou escarrapachar aqui os últimos deambulares pela natureza humana e também o meu primeiro post que é aqui para guardar no coração (lagrima ao canto do olho).

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